Monte Roraima
De acordo com a mitologia dos povos ameríndios, Roraima é o coração do planeta. Suas águas são o sangue e seus rios, suas veias, alimentando as bacias dos rios: Orinoco, Amazonas e Esequibo. Lá, fincado no coração do mundo, na Serra de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, Guiana Inglesa e Brasil, encontra-se o Monte Roraima, o mais alto dos tepuis (montanha em formato de mesa) da Gran Sabana. De origem pré-históricas, o Monte Roraima ergueu-se da terra há mais de 2 bilhões de anos, no período em que a América do Sul e a África eram unidos em um único continente – Gondwana. Com 34km2 de área de superfície, 2.800m de altura e 400m de paredes verticais, as fantásticas dimensões do Monte Roraima lhe atribuem ares místicos, divinos. Para os Pemons, da Venezuela, e Macuxis, do Brasil, o Monte é sagrado. É Makunaima, o guardião do Monte, que comanda a natureza, alterando as condições locais conforme sua vontade.
Cachoeira do Urucá – Uiramutã
Essa cachoeira fica localizada no município de Uiramutã. O nome Urucá possui o seguinte significado: Rio do Ouro, onde para chegar é preciso descer através de uma trilha um pouco acidentada, onde os veículos não conseguem chegar, pois eles precisam ficar na beira da estrada. As águas possuem um tom incrível verde esmeralda, que encantam desde à primeira vista.
Lago Caracaranã
O Lago do Caracaranã está localizado no Município de Normandia, a quase 180 quilômetros de Boa Vista e a 22 quilômetros da cidade de Normandia. Tem um perímetro total de mais ou menos 5,8km e uma profundidade média de 3 metros e máxima de 5 metros. O lago era um dos principais pontos turísticos do Estado. Mas, por ser considerado sagrado por alguns povos indígenas, entrou na área de demarcação contínua Raposa Serra do Sol. Após estudos e reuniões, o CIR e a comunidade local decidiram reabri-lo, em forma de turismo, para todos o visitarem. O Caracaranã dispõe de lindas praias de areia branca e fina, e suas águas são transparentes, com temperatura agradável em todas as horas do dia.
Cavalos Selvagens – Lavrados de Roraima
Nossos cavalos selvagens habitam as savanas do nordeste de Roraima, conhecidas como lavrado, daí também serem conhecidos como cavalos lavradeiros. Esses animais descendem dos cavalos domésticos que fugiram dos colonizadores portugueses e espanhóis no século XVIII. Ao longo do tempo formaram bandos isolados de qualquer contato humano e através da seleção natural os animais mais fortes e adaptados sobreviveram eliminando os genes desfavoráveis.
O ecossistema de savanas de Roraima, o lavrado, é único em todo Brasil e de grande importância ecológica, no entanto está ameaçado pela expansão do agronegócio, situação que se agrava por não existir nenhuma unidade de conservação integral na área.